Berlim.
Na passada Páscoa (Março/Abril) fizemos uma visita turístico-cultural à cidade que mais se tem modificado na Europa da U.E. após a reunificação das duas Alemanhas, a RFA com a RDA (1990).
É a maior cidade da Alemanha com cerca de 3,5 milhões de habitantes. Situa-se no nordeste da Alemanha, a 70 km da Polónia, e é o centro da área metropolitana de Berlim-Brandemburgo, que inclui 5 milhões de pessoas. É uma cidade repleta de parques e florestas com o rio Spree que meandriza e está sempre presença no tecido urbano da cidade. No início torna-se confuso pois passamos em pontes sucessivas e o rio é na verdade o mesmo, devido à sua meandrização. Embora afirmem ter um clima temperado (?) achamos que deverá predominar o clima continental ainda que não tão agreste como o moscovita de latitudes mais elevadas mas situado também na planície central Europeia.
A cidade é, em nosso entender, diferente de todas as outras, em termos estruturais. Assim, não tem um centro mas dois com tendência para um terceiro; tal ficou a dever-se à sua divisão em Berlim ocidental (franceses, ingleses e americanos) e Berlim oriental (soviéticos) com a edificação do bem conhecido MURO (1961-1989). O terceiro será constituído pela parte nova com edifícios arrojados e modernos na centralidade da praça Sony.
Recordemos que Berlim a partir de 1940, sofreu inúmeros bombardeamentos, especialmente no último ano da guerra, tendo a maioria dos edifícios ficado em ruínas tendo sido invadida pelo exército vermelho. Berlim situava-se na Alemanha de leste (mais tarde RDA-1949) ocupada pelos soviéticos e após o fim da guerra foi dividida em 4 setores pelas tropas americanas, britânicas, francesas e soviéticas, reunidas em Potsdam. Como muitos berlinenses fugiam do sector oriental ocupado pelos soviéticos para o sector ocidental os soviéticos resolveram a situação dividindo a cidade com o muro(com 150Km), sempre vigiado por soldados fortemente armados. O sector ocidental era abastecido por uma via rodoviária e outra ferroviária que atravessando o território pró-soviético (da futura RDA) ligava à Alemanha Ocidental (mais tarde RFA). Mesmo assim, houve o Bloqueio de Berlim (24 de junho de 1948 - 11 de maio de 1949), desencadeada quando a União Soviética interrompeu o acesso ferroviário e rodoviário do sector ocidental de Berlim à Alemanha Ocidental. A crise não piorou porque a União Soviética não impediu a ponte aérea de alimentos e outros géneros organizada e operada pelas três potências ocidentais (EUA, Reino Unido e França) recorrendo a DC-3’s, C-54, e outros aviões a hélice da época. (A 3ª. G.G. poderia ter aí começado). O aeroporto histórico de Tempelhof (circular ) é hoje uma pista para joging, bicicletas e lazer.
A partir de 1989, as mudanças políticas que ocorrem na Europa Oriental levaram à queda do muro de Berlim e à abertura das fronteiras entre a RDA e o restante do território da Alemanha (RFA).
Em 1990, a Alemanha reunifica-se e Berlim volta a ser a capital, depois de Bonn ter sido capital provisória da parte ocidental da Alemanha desde os finais da Segunda Guerra Mundial. De então para cá, a cidade tem vindo a sofrer uma completa transformação urbanística, com a reconstrução e reabilitação de edifícios históricos e a edificação de novos bairros voltados para o século XXI, aproveitando, especialmente, as zonas anteriormente ocupadas pelo Muro.
Comboios, auto-estradas e aeroportos (ainda voamos para o antigo Tegel que deveria ter fechado neste Junho passado) servem com eficiência a capital alemã. Também tem inúmeros monumentos, museus, palácios, igrejas protestantes e católicas, sinagogas, etc.
O turismo e os serviços estão num boom crescente (3.ª cidade mais visitada da Europa), mas toda a fileira industrial está presente, ou não se tratasse da Alemanha.
Muito mais haveria a referir, mas o texto, sem pretensões, já vai longo. Os berlinenses tentam esquecer o passado embora o Museu do Holocausto seja visita obrigatória, bem como os vestígios do muro e os check points dos E.U.A. e Soviético que mostram como se viveu décadas de terror e privações.
Vamos ver algumas imagens. Espero que apreciem.
Partida às 6,30h a bordo do A.321 da LH do Porto
Voo sobre Paris
Aterrando em Frankfurt - acessibilidade rodoviária elvada com intenso tráfego e sem CUT’s
Aterrando na nova pista de Frankfurt; Vê-se uma panorâmica geral do aeroporto.
O nosso A321 refletido.
Aterrando em Berlim ( aeroporto de Tegel)
A caminho do centro de Berlim
O rio Spree que atravessa a cidade meandrizando vagarosamente
Memorial à divisão em 4 partes da cidade (chamam-lhe o esparguete)
A zona das embaixadas; esta da Arábia Saudita e a próxima dos Países Nórdicos
O Edificio da Philarmonica de Berlim
A sede da Daimler
Museu Richter normalmente com filas para entrar ou comprar acessos
Deutsces Technik Museum com aviões da 2.ª G.G., veículos blindados, etc.
Um Dc-3 que furou o bloqueio de Berlim como símbolo do Museu da técnica.
O nosso hotel perto da Nova Centralidade (praça Sony) – Leipziger Strabe
Aqui foi o Bunker de Hitler – poucos vestígios como convém !...
Memorial ao HOLOCAUSTO – blocos de granito numa praça labiríntica
Visita ao edifício e grutas da Topografia do Terror com milhares de documentos da 2.ªG.G. e dos horrores praticados pelos Nazis.
Uma ficha de deportação de um judeu para a morte

Aspeto das grutas com imagens e documentos da história contemporânea.
E agora o Check point de passagem da parte Ocidental (USA) para a de Leste
E vice-versa (agora do lado ocupado pelos Sovietes)

Antigamente era assim:
A parte do muro ainda de pé e pintada por muitos artistas.

Aqui, as pessoas abatidas ao tentarem a travessia

O carro dos alemães da RDA –Trabant ou Travis como lhe chamam (alugam-se para fazer safaris urbanos dentro de Berlim)
Bier bike (no coments)
Museu Judeu
O Altes Museum
Imagem da Igreja mais antiga da cidade bombardeada em 43. Nas outras imagens a sua edificação actual.
A nova centralidade de Potsdam Plaza ou conhecida por Praça Sony
O banco do povo (Não, não tem nada a VER com a roubalheira do BPN )

O Teatro de Potsdam

A Estação de Comboios
Animismus
Bellevue palace
Um mictório (só os mais idosos se lembram disto no Porto)

A catedral francesa e a antiga Câmara
