Na passada quarta-feira dia 02, motivado por uma alteração na minha escala de trabalho, fui ao site da Lufthansa para comprar bilhetes para passar o fim-de-semana que se avizinhava. As 30.000 milhas que estavam destinadas para pagar esta viagem, faziam-me a pergunta: para onde? Eu queria muito ir a Chisinau, que seria a última das capitais do Leste na minha lista a visitar (Moscovo e Minsk não constam por questões burocráticas na obtenção de vistos

), mas a verdade é que queria uma visita mais alargada do que apenas algumas horas. Sair na sexta implicava chegar no sábado às 00:25 locais e sair domingo à tarde, não era o ideal, mas como era à borla, siga a marinha! Hoje, não estou nada arrependido

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Sexta dia 04, embarquei naquilo que já me parece ser uma rotina: um voo para Munique. A novidade foi que era a 1ª vez que ia no voo da tarde em vez do da manhã. O LH1791 foi operado pelo A321 D-AIRA tendo chegado durante a tarde a Munique com muito bom tempo à mistura. Seguiram-se umas horitas de spotting, tendo depois embarcado no CRJ-700 da Cityline D-ACPP com destino a Chisinau. O voo foi bem preenchido e é de notar que mesmo num CRJ se tem um bom espaço para esticar as pernas. Por volta da 00:20 aterrei na Moldávia. Vi muitas silhuetas de aeronaves parqueadas pelo aeroporto, mas na placa apenas estavam 2 A320 da Air Moldava. Entre sair do avião e entrar no taxi não demorei mais do que 5 minutos

. Foi impressionante, no passaporte control não se tem que preencher nenhum formulário, é só carimbar e siga. Uma vez no Hostel (Retro Moldava Hostel) foi só receber as orientações básicas sobre a cidade, e tanto quanto me lembro, fui para a cama… às 8 da manhã
Uma das fortes razões que me ajudou a escolher Chisinau foi a previsão meteorológica: 30ºC! A tarde de sábado foi levada com muita calma a passear pelas 3 ruas de Chisinau mais importantes. A cidade não tem muito para ver. Tiras muito poucas fotos e passei o tempo entre a “ressacar” no parque e deambular um pouco por ai.
A noite de sábado foi mais do mesmo. Com a pedalada que levo de viagens à Europa do Leste, eu já nem me deveria admirar, no entanto… enfim…
Ai pelas 10:30 fiz o check-out e voltei ao aeroporto. Entre a screen de segurança e o passaporte control ainda houve uma paragem obrigatória para responder a algumas perguntas, tais como: “Quanto dinheiro levas contigo?”, “Quanto tabaco [aparentemente é escandalosamente barato]?”, “Quanto tempo ficas-te na Moldávia?”, etc. Não é nada de grave, apenas nunca tinha visto em mais lado algum. O terminal é pequeno e só tem 4 portas de embarque, mas nem por isso deixa de ser funcional. O embarque para o CRJ-900 (D-ACKB) é feito via bus, aliás não existem quaisquer mangas no aeroporto de Chisinau (LUKK/KIV).
Dormi profundamente durante grande parte do voo de regresso a Munique, e uma vez na Alemanha fiz mais 4 horitas de spotting, tendo descolado com cerca de 30 minutos de atraso para Lisboa no LH1792 D-AIDP (registo novo para mim).
Para este ano, para além do objectivo cumprido em Janeiro com a ida às Honduras, tinha também o sonho de visitar aquilo a que chamei “Os 3 últimos castelos”, que por outras palavras eram as 3 últimas capitais do Leste a visitar: Vilnius, Bratislava Chisinau. Com a ajuda de 90.000 milhas que tinha na Lufthansa pude realizar o meu sonho não pagando qualquer € (como podem ver não sou milionário

). Dito isto, sinto-me com total liberdade para ir onde quiser no Leste. Em principio irei começar a visitar cidades secundárias e menos ainda povoadas por turistas, algo que me agrada. Aliás isso foi muito notado em Chisinau. Quando falava Inglês ou as pessoas não entendiam ou falavam mas com um misto de timidez e um sorriso. Há ainda também a zona dos Balcãs, mas para já não. Ah, e quero ver se volto a Chisinau ainda este ano!!
Boas viagens!